Ensina-me a Amar

Ensina-me a amar!...

Ensina-me os afectos,
que eu esqueci-os quase todos
durante a minha solidão.

Tornei-me
seco que nem deserto,
duro como pedra,
abrasivo qual lixa!

Impróprio ao toque.

Beijos são agora toques indecentes
e mentirosos,
Que quase me prometem a indecência
mas sempre se recusam à última.

Abraços não são mais que estrangulamentos
ao meu comodismo,
Apertos íntimos que me esmagam
a postura.


Ensina-me a amar,
que ainda é
tempo.

3 comentários:

  1. Oh! Parece que de mim falas.
    Gosto muito, muito. És muito humano.

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  2. Teve de cair a primeira folha de Outono para eu entender o que transmites... Profundo!

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