Aurora

Cidade! que cintilas no negro
do dia apagado,
E despedes, com a calma imensa,
mais um ciclo passado:

Que foi de nós, que aqui ficámos?
...A ver cair a luz transformada em noite;
...A ver sorrir a lua agitando os mares.

Que insónia é esta, que nos traz acordados?
...Quando tudo dorme e nada se agita;
...Quando tudo se esquece e ninguém grita.

Sussurramos à brisa os nossos pecados.

Que foi de nós?
Madrugámos.

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