A paixão rói-me por dentro,
Corrompe-me a seriedade.
Dou por mim obsessivo,
Um tanto compulsivo,
Embeiçado em tal simplicidade
Que perco a noção da realidade.
Mas calo-me.
Calo-me e não me revelo.
Guardo todos esses segredos para mim,
Esperando, estupidamente, o outro alguém.
Aguardando que esse alguém tome a iniciativa
Que eu nunca sou capaz de tomar.
E não é por falta de sentimento que não o faço,
Isso é certo!
E então pergunto:
Porquê as amarras que me prendem?
Porquê as mordaças que me calam?
Tudo isto que não é mais que uma timidez absurda
Que me torna o mais inerte dos inertes,
Condenando-me ao aprisionamento solitário
Dos meus mais inatos sentimentos.
Com os quais hei-de morrer, por não mais saber viver...
Arrhhh! Porra!
Mas porquê tanta força de sentimentos
Se ainda mais forte é a inércia que me cala a voz?
Este fazia parte de uma série de poemas que escrevi à algum tempo atrás, e aos quais franzia um bocado o nariz... Mas dei-lhe um arranjinho e decidi publicar.
ResponderEliminarMuito bom mesmo, parabéns! :)
ResponderEliminar:) Obrigado! É sempre óptimo poder ouvir isso...
EliminarAs pessoas merecem ser reconhecidas plo seu trabalho, e pelo que li vi talento! :)
ResponderEliminar:D Acho que sim, que há que dar reconhecimento a quem o merece! E posso-te dizer que andei a coscuvilhar o teu blog e tu sim, estás de parabéns e mereces bastante reconhecimento pelo que fazes... Tens desenhos e pinturas lindos, tens uma técnica excelente (disso não há dúvidas), e depois também me agradou a temática que me pareces explorar nos teus trabalhos.
EliminarMais uma vez agradeço, porque se é sempre bom receber elogios, quando isso vem de alguém artístico, a mim ainda me sabe melhor ;)
muito obrigada mesmo :'D também mereces o mesmo reconhecimento, eu nem sou muito de leitura e acredita gostei imenso de ler os diversos poemas, começa se a ler e é quase impossível de parar, mais uma vez parabéns :) vou partilhar o teu blog, porque merece ser lido por muitas pessoas x)
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